segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Agua e a sobrevivência Humana
Aproximadamente 65% da massa de um corpo humano é constituída de água, entretanto os corpos continuamente perdem esse líquido de diversas maneiras: através da urina, suor, dejetos sólidos, e até mesmo pelos pulmões expirando. O corpo humano exige um constante suprimento de água para que possa permanecer saudável. Sem água, a maioria das pessoas morrerria em duas semanas, e se o ambiente fosse muito quente ou a pessoa estivesse executando algum trabalhando físico intenso, a sobrevivência se limitaria a apenas dois ou três dias.
Ciclo da água
Pode admitir-se que a quantidade total de água existente na Terra, nas suas três fases, sólida, líquida e gasosa, se tem mantido constante, desde o aparecimento do Homem. A água da Terra - que constitui a hidrosfera - distribui-se por três reservatórios principais, os oceanos, os continentes e a atmosfera, entre os quais existe uma circulação perpétua - ciclo da água ou ciclo hidrológico. O movimento da água no ciclo hidrológico é mantido pela energia radiante de origem solar e pela atração gravítica.
Pode definir-se ciclo hidrológico como a seqüência fechada de fenômenos pelos quais a água passa do globo terrestre para a atmosfera, na fase de vapor, e regressa àquele, nas fases líquida e sólida. A transferência de água da superfície do Globo para a atmosfera, sob a forma de vapor, dá-se por evaporação direta, por transpiração das plantas e dos animais e por sublimação (passagem direta da água da fase sólida para a de vapor).
A quantidade da água mobilizada pela sublimação no ciclo hidrológico é insignificante perante a que é envolvida na evaporação e na transpiração, cujo processo conjunto se designa por evapotranspiração.
O vapor de água é transportado pela circulação atmosférica e condensa-se após percursos muito variáveis, que podem ultrapassar 1000 km. A água condensada dá lugar à formação de nevoeiros e nuvens e a precipitação a partir de ambos.
A precipitação pode ocorrer na fase líquida (chuva ou chuvisco) ou na fase sólida (neve, granizo ou saraiva). A água precipitada na fase sólida apresenta-se com estrutura cristalina no caso da neve e com estrutura granular, regular em camadas, no caso do granizo, e irregular, por vezes em agregados de nódulos, que podem atingir a dimensão de uma bola de tênis, no caso da saraiva.
A precipitação inclui também a água que passa da atmosfera para o globo terrestre por condensação do vapor de água (orvalho) ou por congelação daquele vapor (geada) e por intercepção das gotas de água dos nevoeiros (nuvens que tocam no solo ou no mar).
A água que precipita nos continentes pode tomar vários destinos. Uma parte é devolvida diretamente à atmosfera por evaporação; a outra origina escoamento à superfície do terreno, escoamento superficial, que se concentra em sulcos, cuja reunião dá lugar aos cursos de água. A parte restante infiltra-se, isto é, penetra no interior do solo, subdividindo-se numa parcela que se acumula na sua parte superior e pode voltar à atmosfera por evapotranspiração e noutra que caminha em profundidade até atingir os lençóis aqüíferos (ou simplesmente aqüíferos) e vai constituir o escoamento subterrâneo.
Tanto o escoamento superficial como o escoamento subterrâneo vão alimentar os cursos de água que desaguam nos lagos e nos oceanos, ou vão alimentar diretamente estes últimos.
O escoamento superficial constitui uma resposta rápida à precipitação e cessa pouco tempo depois dela. Por seu turno, o escoamento subterrâneo, em especial quando se dá através de meios porosos, ocorre com grande lentidão e continua a alimentar os cursos de água longo tempo após ter terminado a precipitação que o originou.
Assim, os cursos de água alimentados por aqüíferos apresentam regimes de caudal mais regulares.
Os processos do ciclo hidrológico decorrem, como se descreveu, na atmosfera e no globo terrestre, pelo que se pode admitir dividido o ciclo da água em dois ramos: aéreo e terrestre.
A água que precipita nos continentes vai, assim, repartir-se em três parcelas: uma que é reenviada para a atmosfera por evapotranspiração e duas que produzem escoamento superficial e subterrâneo.
Esta repartição é condicionada por fatores vários, uns de ordem climática e outros respeitantes às características físicas do local onde incide a precipitação: pendente, tipo de solo, seu uso e estado, e subsolo.
Assim, a precipitação, ao incidir numa zona impermeável, origina escoamento superficial e evaporação direta da água que se acumula e fica disponível à superfície. Incidindo num solo permeável, pouco espesso, assente numa formação geológica impermeável, produz escoamento superficial (e, eventualmente, uma forma de escoamento intermédia - escoamento subsuperficial), evaporação da água disponível à superfície e ainda evapotranspiração da água que foi retida pela camada do solo de onde pode passar à atmosfera. Em ambos os casos não há escoamento subterrâneo; este ocorre no caso de a formação geológica subjacente ao solo ser permeável e espessa.
A energia solar é a fonte da energia térmica necessária para a passagem da água das fases líquida e sólida para a fase do vapor; é também a origem das circulações atmosféricas que transportam vapor de água e deslocam as nuvens.
A atração gravitica dá lugar à precipitação e ao escoamento. O ciclo hidrológico é uma realidade essencial do ambiente. É também um agente modelador da crosta terrestre devido à erosão e ao transporte e deposição de sedimentos por via hidráulica. Condiciona a cobertura vegetal e, de modo mais genérico, a vida na Terra.
O ciclo hidrológico à escala planetária pode ser encarado como um sistema de destilação gigantesco, estendido a todo o Globo. O aquecimento das regiões tropicais devido à radiação solar provoca a evaporação contínua da água dos oceanos, que é transportada sob a forma de vapor pela circulação geral da atmosfera, para outras regiões. Durante a transferência, parte do vapor de água condensa-se devido ao arrefecimento e forma nuvens que originam a precipitação. O retorno às regiões de origem resulta da cação combinada do escoamento proveniente dos rios e das correntes marítimas.
Como evitar o desperdicio de água
![]() | Evite tomar banhos demorados.Cinco minutos de chuveiro são suficientes. Feche a torneira enquanto escova os dentes ou faz a barba. | ![]() | Não use o vaso sanitário como lixeira ou cinzeiro, porque, além de gastar mais água, os objetos despejados ainda podem causar entupimento. Procure manter a válvula de descarga sempre regulada para evitar o derperdício.
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![]() | Para lavar o carro, use balde e pano, evitando o uso de mangueira, principalmente durante o período de estiagem. | ![]() | Na hora de limpar a calçada use vassoura e balde com água. "Varrer" a calçada com a mangueira só traz desperdício.Para regar plantas, use sempre balde ou regador.
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![]() | Feche a torneira enquanto ensaboa a louça. Uma forma também de economizar é colocar água com detergente até a metade da pia e deixar a louça de molho. Depois de ensaboar, encha a pia com água limpa e enxague de uma vez. | ![]() | Deixe acumular roupa para lavar de uma só vez. Só ligue a máquina quando ela estiver cheia. No tanque, mantenha a torneira fechada enquanto ensaboa e esfrega a roupa. Aproveite a água que usou para ensaboar as roupas para lavar o quintal.
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| Verifique os vazamentos. Uma torneira mal fechada pode trazer muito prejuízo. Veja alguns exemplos de quanto uma torneira gasta pingando durante todo um dia: Gotejanto - 46 litrosAberta em 2mm - 4.512 litros Aberta em 6mm - 15.400 litros Aberta em 12mm - 33.984 litros |
Dicas para teste de vazamento:
No vaso sanitário - jogue cinzas no fundo da privada. Se houver movimentação é porque há vazamento.
No hidromêtro - quando a caixa d'água estiver cheia (já não vai haver barulho de caixa enchendo) feche todas as torneiras e desligue os aparelhos que usam água e deixe aberto os registros na parede. Anote o número que aparece no relógio. Espere cerca de uma hora e confira novamente. Se o número mudar é porque há vazamento na casa.
Se você colocar essas pequenas práticas do seu dia-a-dia terá uma boa economia no fim do mês e mais importante do que isso é contribuir para preservação desse líquido essencial para a nossa sobrevivência. Seu papel é muito importante e se todos pudessem exercer essa contribuição o nosso futuro agradece.
Poluição da água
Alguém já disse que uma das aventuras mais fascinantes é acompanhar o ciclo das águas na Natureza. Suas reservas no planeta são constantes, mas isso não é motivo para desperdiçá-la ou mesmo poluí-la. A água que usamos para os mais variados fins é sempre a mesma, ou seja, ela é responsável pelo funcionamento da grande máquina que é a vida na Terra; sendo tudo isto movido pela energia solar.
Vista do espaço, a Terra parece o Planeta Água, pois esta cobre 75% da superfície terrestre, formando os oceanos, rios, lagos etc. No entanto, somente uma pequenina parte dessa água - da ordem de 113 trilhões de m3 - está à disposição da vida na Terra. Apesar de parecer um número muito grande, a Terra corre o risco de não mais dispor de água limpa, o que em última análise significa que a grande máquina viva pode parar.
A água nunca é pura na Natureza, pois nela estão dissolvidos gases, sais sólidos e íons. Dentro dessa complexa mistura, há uma coleção variada de vida vegetal e animal, desde o fitoplâncton e o zooplâncton até a baleia azul (maior mamífero do planeta). Dentro dessa gama de variadas formas de vida, há organismos que dependem dela inclusive para completar seu ciclo de vida (como ocorre com os insetos). Enfim, a água é componente vital no sistema de sustentação da vida na Terra e por isso deve ser preservada, mas nem sempre isso acontece. A sua poluição impede a sobrevivência daqueles seres, causando também graves conseqüências aos seres humanos.
A poluição da água indica que um ou mais de seus usos foram prejudicados, podendo atingir o homem de forma direta, pois ela é usada por este para ser bebida, para tomar banho, para lavar roupas e utensílios e, principalmente, para sua alimentação e dos animais domésticos. Além disso, abastece nossas cidades, sendo também utilizada nas indústrias e na irrigação de plantações. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de microorganismos patogênicos, o que é conseguido através do seu tratamento, desde da retirada dos rios até a chegada nas residências urbanas ou rurais. A água de um rio é considerada de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes fecais e menos de dez microorganismos patogênicos por litro (como aqueles causadores de verminoses, cólera, esquistossomose, febre tifóide, hepatite, leptospirose, poliomielite etc.). Portanto, para a água se manter nessas condições, deve-se evitar sua contaminação por resíduos, sejam eles agrícolas (de natureza química ou orgânica), esgotos, resíduos industriais, lixo ou sedimentos vindos da erosão.
Sobre a contaminação agrícola temos, no primeiro caso, os resíduos do uso de agrotóxicos (comum na agropecuária), que provêm de uma prática muitas vezes desnecessária ou intensiva nos campos, enviando grandes quantidades de substâncias tóxicas para os rios através das chuvas, o mesmo ocorrendo com a eliminação do esterco de animais criados em pastagens. No segundo caso, há o uso de adubos, muitas vezes exagerado, que acabam por ser carregados pelas chuvas aos rios locais, acarretando o aumento de nutrientes nestes pontos; isso propicia a ocorrência de uma explosão de bactérias decompositoras que consomem oxigênio, contribuindo ainda para diminuir a concentração do mesmo na água, produzindo sulfeto de hidrogênio, um gás de cheiro muito forte que, em grandes quantidades, é tóxico. Isso também afetaria as formas superiores de vida animal e vegetal, que utilizam o oxigênio na respiração, além das bactérias aeróbicas, que seriam impedidas de decompor a matéria orgânica sem deixar odores nocivos através do consumo de oxigênio.
Os resíduos gerados pelas indústrias, cidades e atividades agrícolas são sólidos ou líquidos, tendo um potencial de poluição muito grande. Os resíduos gerados pelas cidades, como lixo, entulhos e produtos tóxicos são carreados para os rios com a ajuda das chuvas. Os resíduos líquidos carregam poluentes orgânicos (que são mais fáceis de ser controlados do que os inorgânicos, quando em pequena quantidade). As indústrias produzem grande quantidade de resíduos em seus processos, sendo uma parte retida pelas instalações de tratamento da própria indústria, que retêm tanto resíduos sólidos quanto líquidos, e a outra parte despejada no ambiente. No processo de tratamento dos resíduos também é produzido outro resíduo chamado "chorume", líquido que precisa novamente de tratamento e controle. As cidades podem ser ainda poluídas pelas enxurradas, pelo lixo e pelo esgoto.
Enfim, a poluição das águas pode aparecer de vários modos, incluindo a poluição térmica, que é a descarga de efluentes a altas temperaturas, poluição física, que é a descarga de material em suspensão, poluição biológica, que é a descarga de bactérias patogênicas e vírus, e poluição química, que pode ocorrer por deficiência de oxigênio, toxidez e eutrofização .
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Água
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Uso das rochas no seu dia-a-dia
As rochas são compostas por minerais e, por sua vez, constituem a estrutura geológica do planeta ocorrendo sob a forma jazida. Quando começa a ser explorada constitui uma mina, tratando-se da exploração econômica de um minério.
A garimpagem é a atividade extrativa mineral realizada de forma primitiva, com graves prejuízos ambientais e normalmente praticada nos países periféricos. Já foi também conhecida como faiscação.
O uso dos minerais está em toda parte: a construção civil, automobilística, naval, equipamentos, aeronáutica, espacial e muitos produtos com os quais convivemos no dia-a-dia, como o papel que contém caulim e a pasta de dente que tem quartzo moído. Assim como o caulim e calcário, a argila, a areia, a gipsita, o mármore são bens primários minerais utilizados na construção. O quartzo e a mica, são utilizados na eletricidade. A lâmpada, é feita de vidro (que é uma mistura de minerais: quartzo e feldspato) e ainda possui tungstênio, outro mineral. As latinhas de alumínio que utilizamos nos refrigerantes, cervejas, substituindo o vidro é a bauxita cuja matéria-prima é o alumínio.
Os minerais são encontrados nas rochas ígneas, sedimentares e metamórficas que continuam sendo formadas e transformadas, só que num ciclo de tempo geológico, onde as modificações demoram milhões e bilhões de anos. Uma pesquisa às eras geológicas ajuda a reconstituir o período em que as transformações originaram os minerais, vegetais e animais. As rochas ígneas e metamórficas que compõem os escudos cristalinos sofrem a ação de agentes erosivos e foram depressões que vão sendo preenchidas com sedimentos, formando as bacias sedimentares. Para compreender essa descrição, observe o mapa 1 na seção 2 que mostra a estrutura geológica brasileira.
Nas bacias sedimentares constituídas por soterramentos de ambientes aquáticos marinhos é possível encontrar petróleo e de soterramento de florestas, o carvão mineral e o xisto betuminoso. Petróleo e carvão são altamente utilizados na vida cotidiana, conforme você já sabe. É nos escudos cristalinos e nas bacias sedimentares que encontramos o patrimônio mineral para o aproveitamento industrial.
No exercício proposto na seção 2 você analisará a estrutura geológica brasileira: a ocorrência de minerais e as relações deles com os escudos cristalinos e bacias sedimentares.
Com a alta exigência de produtos industrializados, com o aumento do consumo e incentivo ao consumismo, a exploração mineral se intensificou a partir do século XX. O processo envolve empresas (muitas vezes de capital estrangeiro) que montam uma estrutura de extração, transformação, transporte articulado com um complexo portuário. Os estados do Espírito Santo e do Maranhão têm importante papel portuário no país. Enquanto o Espírito Santo possibilita o escoamento dos minérios de Minas Gerais, o porto de Itaqui possibilita o escoamento dos minérios de Carajás, no Pará.
A extração do mármore, do granito e da ardósia, amplamente empregadas na construção civil, quando realizadas sem preservação podem trazer sérios prejuízos ambientais. A indústria extrativa mineral necessita de legislação e políticas específicas.
As empresas transnacionais vêm pesquisando a produção de novos materiais produzidos em laboratório como demanda de uma nova relação entre ciência, tecnologia informática e novos produtos industriais. A organização espacial desses novos pólos industriais (tecnopólos) tem no Vale do Silício (na Califórnia, EUA) o seu protótipo.
A mineração é de importância estratégica para a sociedade, que muitas vezes desconhece o seu valor. Torna-se importante, portanto, conhecer o valor dos minerais que a estrutura geológica contém.
Rochas e seus tipos
Rocha (ou popularmente pedra ou calhau para um pedaço solto de rocha) é um agregado natural composto de alguns minerais ou de um único mineral, podendo ou não conter vidro (o vidro não é considerado um mineral). Para além disso, para ser considerada como uma rocha esse agregado tem que ter representatividade à escala cartográfica (ter volume suficiente) e ocorrer repetidamente no espaço e no tempo, ou seja o fenômeno geológico que forma a rocha ser suficientemente importante na história geológica para se dizer que faz parte da dinâmica da Terra.
As rochas podem ser classificadas de acordo com sua composição química, sua forma estrutural, ou sua textura, sendo mais comum classificá-las de acordo com os processos de sua formação. Pelas suas origens ou maneiras como foram formadas, as rochas são classificadas como ígneas, sedimentares, e rochas metamórficas. As rochas magmaticas foram formadas de magma, as sedimentares pela deposição de sedimentos e posterior compressão destes, e as rochas metamórficas por qualquer uma das primeiras duas categorias e posteriormente modificadas pelos efeitos de temperatura e pressão. Nos casos onde o material orgânico deixa uma impressão na rocha, o resultado é conhecido como fóssil.
Sedimentares:
As rochas sedimentares são as rochas formadas através do acúmulo de detritos, que podem ser orgânicos ou gerados por outras rochas. Classificam-se em:
- Detríticas - são as rochas formadas a partir de fragmentos de outras rochas. Alguns exemplos são o arenito, o argilito, o varvito e o folhelho.
- Químicas - são formadas a partir de transformações de certos materiais em contacto com a água ou outro tipo de substância. Alguns exemplos são o sal gema, as estalactites e as estalagmites.
- Orgânicas - são rochas formadas por meio da acumulação e soterramento de matéria orgânica. Alguns exemplos são o calcário, formado através dos resíduos de conchas e corais, e o carvão mineral, formado a partir dos resíduos de vegetais.
Metamórficas:São as rochas formadas através da deformação de outras rochas, magmáticas ou sedimentares, devido a alterações de condições ambientais, como a temperatura e a pressão. Alguns exemplos são o gnaisse, formado a partir do granito; a ardósia, formada a partir do xisto; o mármore, formado a partir do calcário, e o quartzito, formado a partir do arenito.
OBS.: As rochas mais antigas são as magmáticas seguidas pelas metamórficas. Elas datam das eras Pré-Cambriana e Paleozóica. Já as rochas sedimentares são de formação mais recente: datam das eras Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica. Essas rochas formam um verdadeiro capeamento, ou seja, encobrem as rochas magmáticas e as metamórficas quando estas não estão afloradas à superfície da Terra.
Mágmaticas:São as rochas formadas a partir do resfriamento do magma. Podem ser de dois tipos, a saber:
- Vulcânicas (ou extrusivas) - são formadas por meio de erupções vulcânias, através de um rápido processo de resfriamento na superfície. Alguns exemplos dessas rochas são o basalto e a pedra-pomes, cujo resfriamento dá-se na água.
Erosão do solo e suas medidas de prevenção
Solo
Solo e Agricultura
Os microorganismos decompõem substâncias orgânicas, tornando disponíveis as substâncias minerais que as plantas necessitam para o seu crescimento. Um solo vivo, com grandes quantidades de microorganismos, pode dispensar o uso de adubos químicos como são utilizados na agricultura convencional. Esses experimentos, que vêm sendo realizados desde o início dos anos 90, mostram, por exemplo, que o carbono fixado microbiologicamente apresentou valores significativamente superiores nos solos tratados conforme o método biodinâmico: 839 kg/ha na agricultura biodinâmica, 561 kg/ha na agricultura convencional e 599 kg/ha na ecológica.
A grande diferença entre o método biodinâmico e o convencional não surpreende. O que era inesperado é que os números da agricultura ecológica estão mais próximos dos números da convencional do que dos números da biodinâmica. A explicação de um dos pesquisadores é que a adubação biodinâmica, com composto mais amadurecido, tem um efeito maior sobre o crescimento dos microorganismos do que os adubos menos tratados, como são aplicados no método ecológico.
Não se pode excluir a possibilidade de que essa diferença também tenha a ver com os preparados biodinâmicos aplicados às pilhas de composto, mas os experimentos em si não apresentam nenhuma informação que pudesse confirmar essa hipótese.
Importância e tipos de solos
Os solos arenosos caracterizam-se pela boa aeração o que ajuda na penetração da água e no desenvolvimento de raízes de plantas. Além disso, eles geralmente são de fácil mecanização apesar do desgaste que eles podem causar às máquinas devido ao atrito.
Solos Argilosos
Os solos argilosos não são tão arejados, mas possibilitam um grande armazenamento de água. Isto quer dizer que eles são menos permeáveis, ou seja, a água passa mais lentamente entre os poros ficando então armazenada. Porém, existem alguns solos brasileiros que mesmo sendo compostos em sua maioria por argila, diferem-se por apresentar grande permeabilidade. Isto acontece devido a sua composição que possui grande quantidade de óxidos de alumínio (gibbsita) e de ferro (goethita e hematita).
Deste modo, são formados pequenos grãos que se assemelham ao pó-de-café fazendo com que o terreno tenha um comportamento semelhante ao arenoso. Esse tipo de solo é denominado latossolo.
Solos Siltosos
Solos com grande quantidade de silte, geralmente são muito erodíveis. O silte não se agrega como a argila e ao mesmo tempo suas partículas são muito pequenas e leves.
Textura
A textura do solo depende da proporção de areia, silte ou argila na sua composição.
Dependendo da proporção destes materiais, a textura pode influenciar na:
• taxa de infiltração da água
• armazenamento da água
• aeração
• facilidade de mecanização
• distribuição de determinados
nutrientes (fertilidade do solo).
Na natureza, a distribuição dos percentuais de argila, silte e areia variam bastante ao longo de um terreno. A forma em que esses diferentes tipos de grãos se distribuem é de extrema importância na disseminação da água no solo.
Solos com maiores diferenças entre texturas apresentam diferenças quanto aos movimentos da água, e isso se torna mais evidente conforme o grau da diferença.
Por exemplo: em muitos solos no Brasil, existe uma camada superficial que é arenosa e uma subsuperficial argilosa o que resulta em uma diferença quanto à porosidade. Assim, a água acaba penetrando com mais facilidade na parte de cima e mais lentamente na camada inferior. Isso pode facilitar a erosão dependendo do relevo e da cobertura vegetal ou mesmo prejudicar o desenvolvimento das raízes das plantas.
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Cadeia e Teia alimentar
Exemplo:

Cadeia Alimentar:
A cadeia alimentar ou trófica é a maneira de expressar as relações de alimentação entre os organismos de uma comunidade, iniciando-se nos produtores e passando pelos herbívoros, predadores e decompositores, por esta ordem. Ao longo da cadeia alimentar há uma transferência de energia e de nutrientes(a energia diminui ao longo da cadeia alimentar), sempre no sentido dos produtores para os decompositores. No entanto, a transferência de nutrientes fecha-se com o retorno dos nutrientes aos produtores, possibilitado pelos decompositores que transformam a matéria orgânica em compostos mais simples, pelo que falamos de um ciclo de transferência de nutrientes. A energia, por outro lado, é utilizada por todos os seres que se inserem na cadeia alimentar para sustentar as suas funções, não sendo reaproveitável. Esse processo é conhecido pelos ecologistas como fluxo de energia.
A posição que cada um ocupa na cadeia alimentar é um nível hierárquico que os classifica entre produtores (como as plantas), consumidores (como os animais) e decompositores (fungos e bactérias).
Porque frequentemente cada organismo se alimenta de mais de um tipo de animais ou plantas, as relações alimentares (também conhecidas por relações tróficas) tornam-se mais complexas, dando origem a redes ou teias alimentares, em que as diferentes cadeias alimentares se inter-relacionam.
O primeiro nível trófico é constituído pelos seres autotróficos, também conhecidos por produtores, capazes de sintetizar matéria orgânica a partir de substâncias minerais e fixar a energia luminosa sob a forma de energia química. Os organismos deste nível são as plantas verdes, as cianófitas ou cianofíceas (algas verde-azuladas ou azuis) e algumas bactérias que, devido à presença de clorofila (pigmento verde), podem realizar a fotossíntese. Estes organismos são também conhecidos por produtores primários.
Os níveis seguintes são compostos por organismos heterotróficos, ou seja, aqueles que obtêm a energia de que precisam de substâncias orgânicas produzidas por outros organismos. Todos os animais e fungos são seres heterotróficos, e este grupo inclui os herbívoros, os carnívoros e os decompositores.
Os herbívoros são os organismos do segundo nível trófico, que se alimentam diretamente dos produtores (por exemplo, a vaca). Eles são chamados de consumidores primários; os carnívoros ou predadores são os organismos dos níveis tróficos seguintes, que se alimentam de outros animais (por exemplo o leão). O carnívoro, que come o herbívoro, é chamado de consumidor secundário. Existem seres vivos que se alimentam em diferentes níveis tróficos, tal como o Homem que inclui na sua alimentação seres autotróficos, como a batata, e seres herbívoros como a vaca.
Os decompositores são organismos que se alimentam de matéria morta e excrementos, provenientes de todos os outros níveis tróficos. Este grupo inclui algumas bactérias e fungos. O seu papel num ecossistema é muito importante uma vez que transformam as substâncias orgânicas de que se alimentam em substâncias minerais. Estas substâncias minerais são novamente utilizáveis pelas plantas verdes, que sintetizam de novo matéria orgânica, fechando assim o ciclo de utilização da matéria.
Ao longo da cadeia alimentar há uma transferência de energia e de matéria orgânica. Estas transferências têm aspectos semelhantes, uma vez que se realizam sempre dos autotróficos para os níveis tróficos superiores (herbívoros, carnívoros e decompositores), mas existe uma diferença fundamental: os nutrientes são reciclados pelos decompositores, que os tornam disponíveis para os seres autotróficos sob a forma de minerais, fechando assim o ciclo da matéria, enquanto a energia, que é utilizada por todos os seres vivos para a manutenção da vida, é parcialmente consumida em cada nível trófico. Assim, a única fonte de energia num ecossistema são os seres autotróficos e, simultaneamente, todos os seres vivos dependem dessa energia para realizar as suas funções vitais. Como apenas uma parte da energia que chega a um determinado nível trófico passa para o nível seguinte: apenas 10% da energia de um nível é produzido a partir do próximo, o que geralmente restringe o número de níveis a não mais do que cinco, pois em determinado nível a energia disponível é insuficiente para permitir a subsistência
Exemplos de cadeia alimentar
Terrestre:
Folhas de uma árvore -> Gafanhoto -> Ave -> Jaguatirica -> Decompositores
Folhas -> Lagarta -> Sapo -> Cobra -> Coruja
Aquática:
Algas -> Caramujos -> Peixes -> Carnívoros -> Aves aquáticas -> Decompositores.
Como surgiu a atmosfera Terrestre,crosta terrestre e a hidrosfera
Nos primeiros momentos da terra as reações entre o magma, as rochas provocadas pelo calor formaram uma atmosfera primitiva que continha, Amônia, Metano, e hidrogênio, principalmente... Após o surgimento dos primeiros seres que faziam fotossíntese, muitos milhões de anos depois, o oxigênio surgiu na atmosfera e os primeiros seres que respiravam surgiram...
Crosta terrestre:
É a parte externa consolidada do globo terrestre. É reconhecida duas zonas que formam a crosta nas regiões continentais. A primeira zona é a superior, chamada de sial (devido ao predomínio de rochas graníticas, ricas em silício e alumínio). A zona inferior é conhecida por sima, pelo fato de se acreditar que nesta porção da crosta haja a predominância de silicatos de magnésio e ferro. Acredita-se que a espessura da crosta (sial + sima) se encontre numa profundidade média de 35 - 50 Km. Esse dado foi conseguido indiretamente, através de estudos modernos na área da geofísica. Supõe-se que os substratos dos oceanos sejam compostos pelo sima, devido ao fato do sial granítico se adelgar até desaparecer nas margens dos continentes. A crosta na sua porção mais externa, é o local principal que se sucede os fenômenos geológicos possíveis de observação. Por outro lado, a zona de transição existente entre a parte externa e interna da crosta, é onde se tem o foco das atividades magmáticas e tectônicas profundas. Há evidências que indicam a inexistência da crosta em determinados planetas. Isso é mostrado através de observações sísmicas realizadas à superfície da Lua e Marte. A crosta terrestre é formada por rochas, ou seja, agregados naturais de um ou mais minerais, incluindo vidro vulcânico e matéria orgânica. Observa-se três tipos de rochas de acordo com sua gênese: rochas magmáticas, metamórficas e sedimentares. A petrologia responsabiliza-se pelo estudo sistemático das rochas. Através de pesquisas, realizou-se um balanço sobre a percentagem em que são encontradas as rochas (magmáticas, metamórficas e sedimentares) na crosta terrestre.
Proporção aproximada das rochas que ocorrem na crosta terrestre, segundo A. Poldervaart
Sedimentos 6,2%
Granodioritos, granitos, gnaisses 38,3 %
Andesito 0,1 %
Diorito 9,5%
Basaltos 45,8%
As rochas de origem magmáticas, juntamente com as rochas metamórficas originadas a partir da transformação de uma rocha magmática, representam cerca de 95% do volume total da crosta, ocupando porém 25% da superfície da mesma. As rochas sedimentares mais as rochas metassedimentares, representam apenas 5% do volume, mas no entanto cobrem 75% da superfície da crosta. Essas rochas formam uma delgada película que envolve a Terra em toda a sua superfície, originando a litosfera. Embora exista uma enorme variedade de rochas magmáticas (cerca de 1000), seus minerais constituintes se apresentam em pequenas quantidades, e a participação desse tipo de rocha na formação da crosta é bem reduzida. Os dados discutidos anteriormente referem-se a toda crosta. No entanto, se fossem pesquisados separadamente continentes e oceanos, ter-se-iam, quanto a derivação das rochas magmáticas, dados interessantes como: 95% das rochas intrusivas pertencem à família dos granitos e granodioritos e se encontram nos continentes; já 95% das rochas efusivas são basálticas e mais freqüentemente presentes no fundo dos oceanos. Com isso, pode-se concluir que as rochas magmáticas existentes nos continentes possuem essencialmente material granítico, e que as rochas magmáticas existentes no fundo dos oceanos são formadas basicamente de material basáltico, sendo quase isentos da camada de material granítico (sial). O basalto é uma rocha derivada do manto superior (regiões profundas da crosta). Os granitos são rochas formadas em profundidade, através da transformação de rochas que já estiveram na superfície. As rochas de superfície de alguma forma vão se acumulando em grossas camadas nas profundezas da crosta e, sob o efeito de grandes pressões e aquecimento, transformam-se em rochas metamórficas e posteriormente em granitos, seja por refusão ou por metamorfismo granitizante. Esse fenômeno ocorre nos geossinclinais. A constituição química da crosta diz respeito aos vários elementos químicos que a compõem. Para se ter conhecimento de tais elementos, é necessário identificar o volume e a composição das rochas presentes na crosta. Para a identificação dos componentes químicos da crosta, é lançado mão de algumas técnicas, como exemplo, a metodologia de Clark e Washington, que consiste em se tirar a média ponderada de numerosas análises de rochas e em seguida montar uma tabela dos elementos encontrados e suas respectivas percenta
Hidrosfera:
A hidrosfera da Terra consiste principalmente nos oceanos, mas inclui todos os ambientes aquáticos, como citado anteriormente. A profundidade do oceano é de 3794 m (em média), mais de cinco vezes a altura média dos continentes. A massaa dos oceanos é de aproximadamente 1.35 x 1018 toneladas, ou cerca de 1/4400 da massa total da Terra.
A abundância de água na Terra é uma característica original que distingue nosso chamado "planeta azul" de outros no sistema solar. Aproximadamente 70,8% (97% de água do mar e 3% de água doce) da Terra são cobertos de água e somente 29,2% de terra. A órbita solar, o vulcanismo, a gravidade, o efeito estufa e a atmosfera combinam-se para fazer da Terra um planeta de água.
A Terra é provavelmente o único planeta do sistema solar onde se encontra a água em estado líquido. Sem a ação do efeito estufa a água certamente congelaria. Estudos paleontológicos indicam que logo após as cianobactérias colonizarem os oceanos, o efeito estufa teria "falhado", e os oceanos teriam congelado por 10 a 100 milhões de anos. Tal acontecimento é chamado de Snowball Earth (em inglês).
Em outros planetas, tais como Vênus, a água gasosa é destruída pela radiação ultravioleta do sol, e o hidrogênio é ionizado e afastado pelo vento solar. Este efeito é lento, mas inexorável. Esta é uma hipótese que explica porque Vênus não teria nenhuma água.
Na atmosfera da Terra, uma camada tênue de ozônio dentro da estratosfera absorve a maior parte da radiação ultravioleta, reduzindo seus impactos. O ozônio pode ser produzido em uma atmosfera que contenha uma grande quantidade de oxigênio, produzido na biosfera (através das plantas).
O vulcanismo emite continuamente vapor de água oriundo do interior do planeta. O movimento das placas tectônicas libera dióxido de carbono. Os minerais presentes no interior da Terra contêm grande quantidade de água
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Origem da Terra
Assim como os demais planetas do Sistema Solar, a Terra foi provavelmente originada através de uma força gravitacional que condensou diversos materiais preexistentes no espaço. Tais materiais foram constituídos de partículas como poeira cósmica e gás. Muitos elementos químicos formados entraram nesta composição, sendo que os elementos mais densos tenderam a permanecer no centro deste redemoinho gravitacional. Por outro lado, os elementos menos densos, os gases, permaneceram na superfície deste redemoinho. As temperaturas do núcleo do redemoinho permaneceram bastante elevadas e baixavam gradualmente nas regiões que se aproximavam da superfície. Ainda hoje, os resquícios destas origens podem ser observados: o núcleo da Terra é constituído de materiais como o níquel e o ferro, em estado ígneo. Com o movimento de rotação da Terra, tais materiais estão em constante movimento, gerando um campo magnético através do fenômeno da indução magnética. A atmosfera, por sua vez, é formada em parte dos gases que permaneceram ao redor do redemoinho gravitacional que originou o planeta. Porém, na atmosfera original da Terra, havia grande quantidade de gases tóxicos, que foram substituídos gradualmente por grandes porções de oxigênio gerado a partir da proliferação dos primeiros seres fotossintéticos. Na crosta terrestre houve a solidificação de minerais através do resfriamento natural das regiões afastadas do núcleo, juntamente com a permanência de materiais mais leves. Ferro e níquel em estado sólido também são encontrados em regiões próximas da superfície. A idade da Terra é calculada a partir da idade das rochas mais antigas que foram encontradas na superfície terrestre. O processo de cálculo da idade das rochas é realizado através de medições radiométricas. Através dos dados colhidos nestas pesquisas, remonta-se a origem de nosso planeta em torno de 4,6 bilhões de anos.